Apesar de os governistas comemorem os números da avaliação do governo Dilma Rousseff divulgados pela pesquisa CNT/MDA, uma análise mais cuidadosa dos números mostra que a presidente ainda não recuperou nem metade apoio que perdeu após as manifestações de rua dos meses de junho/julho. Como se pode ver no gráfico, na pesquisa da CNT divulgada em junho, antes de começarem os protestos, o governo Dilma tinha 10,1% de menções “ótimo” e 44,1% de menções “bom”, ou seja, uma avaliação positiva de 54,2%. Na pesquisa de setembro, a avaliação da administração petista já havia despencado, e o governo Dilma foi avaliado com 7,2% de “ótimo” e 30,9% de “bom”, chegando a uma avaliação positiva total de 38,1%. Nessa nova pesquisa, de novembro, Dilma avançou muito pouco, chegando a 8% de menções “ótimo” e 31% de “bom”, o que representam uma avaliação positiva total de 39%, apenas 0,9% a mais do que o resultado de dois meses antes. Ao mesmo tempo em que estacionou a avaliação positiva do governo, cresceu a avaliação negativa da presidente. Em setembro a avaliação negativa, formada pelos conceitos “ruim” e “péssimo” estava em 21,9%, e nesta última avaliação, subiu para 22,7%. Se for associado à avaliação negativa o conceito “regular”, escolhido por 37,7% dos entrevistados, verifica-se que o governo do PT é mal avaliado por mais de 60% dos brasileiros.