Na sessão plenária desta terça-feira (19), enquanto o governo tentava aprovar mais uma estatal para cuidar de assistência técnica e extensão rural – a Anater-, o senador Alvaro Dias (PSDB/PR) criticou a pressa dos governistas para aprovar cabides de emprego, que nem sempre produzem os resultados alardeados. Segundo Alvaro Dias, em vez de criar novas empresas, o governo deveria repassar recursos para organizações dos estados que cumprem as mesmas tarefas de forma excepcional, citando como exemplo a Emater do Paraná. “Não é de Brasília que o governo vai promover a extensão rural, já que temos estruturas estaduais suficientes. O que o agricultor deseja é uma política agrícola competente, com planejamento, com organização, que ofereça segurança ao produtor. O que a agricultura do país necessita é de um estadista na presidência, capaz de articular com os países emergentes uma política responsável, que possibilite uma relação civilizada, mais adequada entre países. Nós, que somos competentes na produção, nós que somos imbatíveis no campo, acabamos perdendo muito no momento da exportação, em razão da política de egoísmo imposta pelas nações mais evoluídas, com políticas alfandegárias que lastimavelmente colocam em desvantagem o produto brasileiro no momento da competição. Teríamos uma agricultura mais poderosa e um país mais rico e próspero, se tivéssemos mais capacidade e competência do governo para estabelecer a garantia de que nossos produtores conseguirão exportar e vender no exterior”, disse.
O senador disse ainda que o projeto que cria mais uma estatal está sob suspeição, principalmente porque foi votado de forma apressada e às vésperas da eleição. “O governo está aumentando despesas e se transformando em um aparelhaço, em um cabidaço, em detrimento do crescimento do país”.