Em 1º de agosto deste ano, a Part­ners – empresa mineira que, como revelou ÉPOCA em sua última edição, é suspeita de pagar propina a dois assessores do ministro da Fazenda, Guido Mantega – conquistou seu segundo grande cliente em Brasília. Naquele dia, o Supremo Tribunal Federal (STF) assinou contrato com a Partners, no valor de R$ 3,8 milhões anuais, para a prestação de serviços de assessoria de imprensa e comunicação interna. Pelo contrato, a Partners assumiu o pagamento de salários de 35 jornalistas e funcionários que já trabalhavam no STF, terceirizados para uma outra empresa, que falira. Para ganhar o cobiçado contrato, a Partners apresentou documentos conhecidos como “atestado de capacidade técnica”. ÉPOCA descobriu, porém, que o principal atestado entregue pela Part­ners contém uma fraude. Ele foi assinado em junho pela gerente de Recursos Logísticos do Ministério da Fazenda, Sandra Vidal. Nele, Sandra escreve que a Partners emprega, na Fazenda, “um quantitativo aproximado de 25 profissionais”. Isso daria à empresa capacidade para assumir um contrato com 35 funcionários. Ocorre que essa informação é falsa.