Segundo números recentes do IBGE, a taxa de desemprego no Brasil continua em queda, e o índice que era de 5,4% em setembro, caiu para 5,2% em outubro. Mas apesar de estar em queda a quantidade de brasileiros desempregados, não param de crescer os gastos do governo com o pagamento do seguro-desemprego. De acordo com levantamento do site Contas Abertas, entre janeiro e outubro deste ano o governo federal desembolsou R$ 23,4 bilhões para o pagamento de seguro-desemprego, valor que ficou R$ 139,9 milhões maior do que os R$ 23,3 bilhões aplicados em igual período no ano de 2012. O fato dos valores crescerem mesmo com a diminuição do desemprego pode ser explicado, em parte, pelo número de fraudes que acontecem nos pagamentos do benefício. Em apenas três operações da Polícia Federal (PF) sobre fraudes no seguro-desemprego, entre novembro de 2012 e setembro deste ano, foi identificado o desvio de R$ 56 milhões em pagamento de auxílios indevidos.
Questionado sobre os motivos de os valores pagos no seguro-desemprego estarem subindo tanto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que “agora” o governo “vai investigar profundamente” as causas do aumento das despesas com o seguro-desemprego e o abono salarial, que devem chegar a R$ 47 bilhões este ano, o equivalente a 1% do PIB. A alta desses gastos é um dos motivos para a piora nas contas do FAT que, como o GLOBO revelou no último dia 28, terá déficit recorde de R$ 7,2 bilhões este ano. Leia mais no site do Contas Abertas.