A 5ª edição da pesquisa Termômetro Trevisan Copa 2014, divulgada pelo jornal “Estado de S.Paulo”, reprova boa parte dos preparativos do País para a Copa do Mundo de 2014. O trabalho avalia, por meio de índice geral de percepção de especialistas do futebol, como andam os trabalhos do Comitê de Organização Local, em parceria com os empreendedores urbanos das 12 cidades-sede. Os pontos mais baixos dessa nova avaliação estão relacionados às obras de mobilidade, tanto urbana quanto de aeroportuárias. No geral, os índices também apontam para baixo. Representantes da Trevisan são categóricos em afirmar que, a 200 dias do início da Copa, o trabalho continua abaixo do aceitável, sobretudo nos arredores dos estádios, que devem ser entregues no fim deste ano.
A pesquisa reforça a percepção de que os benefícios da Copa do Mundo de 2014 ficarão restritos aos estádios, à melhoria da capacidade hoteleira e à capacitação da mão de obra turística no Brasil. Especialistas ouvidos pela empresa têm opinião negativa sobre as obras de mobilidade nas cidades e nos aeroportos. A pesquisa aborda os seguintes itens: estádios, telecomunicação, hospedagem, qualificação de mão-de-obra, segurança pública, transporte, aeroportos e portos.
Uma outra pesquisa, divulgada pelo site Terra, revela que o valor gasto para a construção dos 12 estádios da Copa do Mundo no Brasil em 2014 já está 78% maior que o previsto na Matriz de Responsabilidades assinada em 2010. Em valores absolutos, o orçamento subiu de R$ 5,3 bilhões para R$ 9,6 bilhões – incluindo os estádios privados bancados pelos clubes, mas financiados com dinheiro do BNDES, que já cedeu R$ 871,9 milhões aos clubes. As informações foram atualizadas pelo Ministério do Esporte nesta segunda-feira.
No entanto, segundo reportagem do Terra, essa não é a conta feita pelo Ministério do Esporte, que compara a elevação atual dos gastos com o último balanço das obras, divulgado em dezembro do ano passado, período no qual se verifica uma elevação de quase R$ 900 milhões com estádios. Se for comparado com o previsto em 2010, o orçamento subiu R$ 4,2 bilhões. Também não é incluído na conta do governo o R$ 1,6 bilhão que será pago pelo Estado da Bahia à concessionária responsável pela Fonte Nova, dividido em parcelas anuais de mais de R$ 100 milhões, durante 15 anos.