Uma análise divulgada nesta terça-feira pelo jornal Valor Econômico revela: a Petrobras vive a sua pior situação financeira em mais de uma década. O jornal comparou os indicadores da empresa nos últimos 19 anos, e os números mostram que a situação da estatal atualmente se compara apenas com a que a Petrobras vivia no fim da década de 1990, quando o tamanho era metade do atual em termos de produção, e a cotação do petróleo oscilava, em média, abaixo de US$ 20, ante os mais de US$ 100 atuais. A saída urgente, agora, na avaliação da própria empresa, de analistas e observadores ouvidos pelo jornal “Valor”, é adotar a fórmula pretendida pela companhia que permita maior previsibilidade dos reajustes de preços. “No momento, a direção da estatal negocia com o governo federal uma fórmula de reajuste automático para a gasolina e o diesel, proposta pela Petrobras. O governo resiste a aprovar essa fórmula”, afirma o “Valor”. Segundo o jornal, o aumento nos preços é cobrado pela Petrobras como forma de alinhar os preços internos de derivados de petróleo aos valores internacionais, cotados em dólar, mas a presidente Dilma resiste a uma fórmula de reajuste automático para os combustíveis, preocupada com o cenário eleitoral. Esta informação, da resistência de Dilma a reajustar os combustíveis, está levando a uma queda forte nas ações da Petrobras no mercado brasileiro nesta terça-feira. Até às 11hs45, as ações da Petrobras já registravam perdas de 2,67% no Ibovespa.