A ONG Transparência Internacional divulgou nesta terça-feira seu novo ranking sobre a corrupção no mundo, e a nova tabela mostra que o Brasil caiu três posições de um ano para cá. No novo ranking da Transparência Internacional, o Brasil figura como o 72º colocado (em 2012, estava na 69ª posição) entre 177 nações analisadas. Em seu levantamento, a organização internacional avalia que a corrupção no setor público brasileiro é percebida como sendo maior do que em países como Lesoto, Botswana ou Brunei.

Em relação a 2012, quando ficou em 69º, o sentimento é de que o Brasil piora, mesmo quando alguns envolvidos no escândalo do mensalão não só foram condenados, como começam a cumprir penas de prisão. Para Alejandro Salas, diretor para Américas da Transparência Internacional, a visão sobre o Brasil é a mesma em relação a muitos países que investem em legislação anticorrupção, mas que na prática nem sempre combatem o tráfico de influência, abuso de poder, comissões ocultas, transações secretas, para fornecer contratos do setor público.

Os países mais “limpos” incluem Dinamarca, Finlândia, Nova Zelândia. Já os campeões da corrupção têm a coincidência de estarem diplomaticamente isolados ou emergindo de conflitos, como Iraque, Líbia, Sudão do Sul, Afeganistão, Coreia do Norte e Somália.
O fluxo financeiro ilícito, incluindo corrupção, suborno, roubo e evasão de dividas em países em desenvolvimento é estimado em US$ 1,2 trilhão por ano, equivalente às economias da Suíça, África do Sul e Bélgica juntos, conforme estudo do Banco Mundial.