No último sábado (21), o “Impostômetro”, placar mantido pela Associação Comercial de São Paulo e que registra o valor pago pelos brasileiros em impostos federais, estaduais e municipais, ultrapassou pela primeira vez desde que foi criado, em 2005, a marca de R$ 1,6 trilhão. O valor marca um novo recorde anual, já que, no ano passado, o placar registrou, à meia-noite do dia 31 de dezembro, a marca de R$ 1,556 trilhão. Para 2013, a estimativa da Associação Comercial é de que o “Impostômetro” registre o total de R$ 1,640 trilhão em impostos pagos pela população. Se for mesmo atingido este valor, estaria configurado um aumento de cerca de 5% na arrecadação de impostos, mais do que o dobro do estimado crescimento do PIB do País (o Banco Central e instituições do mercado financeiro aguardam uma expansão de 2,3% em 2013).
“Estamos sempre com 2%, 3% a mais de crescimento dos impostos do que o próprio crescimento do país”, afirmou, em comunicado o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato. Ele lembra que, neste ano, a arrecadação federal também bateu um recorde. A arrecadação federal, no acumulado dos 11 primeiros meses do ano, somou R$ 1,02 trilhão, o que representa uma alta de 3,63% em termos reais sobre igual período do ano passado e novo recorde para este período. Em relação a 2011, ano em que o “Impostômetro” fechou a R$ 1,489 trilhão, teria havido, em dois anos, um aumento de mais de 10% no volume de impostos pagos, enquanto o crescimento do PIB, no mesmo período, sequer chegou a 4,5%.
Com o aumento da arrecadação, a carga tributária brasileira pode fechar 2013 em 36,42% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo estimativa do Instituto Brasileiro de planejamento e Tributação (IBPT). Na comparação com 2012, quando a carga tributária total fechou o ano em 36,37% do PIB, a expansão deve ser de 0,05%. Confirmada a previsão, esta será a quarta alta consecutiva.