O senador Alvaro Dias(PSDB/PR) foi, nesta terça-feira(04/02), o palestrante – convidado pela Confederação Nacional da Indústria(CNI) – do seminário “Construindo a Agenda Legislativa 2014”. Para uma plateia de empresários, Alvaro Dias falou sobre o papel de submissão do Congresso diante do presidencialismo imperial; sobre o balcão de negócios que coopta políticos e sobre os entraves ao crescimento econômico, principalmente os altos índices de corrupção que fazem com que o País desperdice oportunidades de geração de emprego e renda. “Esse modelo corrupto de balcão de negócios esgota a capacidade do setor público de investir”, disse.

O senador também criticou a política imediatista dos governantes que não promovem reformas, porque não pensam a longo prazo, e as prioridades do governo do PT que prefere financiar, por meio do BNDES, ditaduras corruptas a investir no Brasil. “Estive no Show Rural, no Paraná, e lá o escoamento da safra recorde está comprometido pela ausência de portos. Enquanto isso, o governo está financiando um porto em Cuba”, ponderou.

Alvaro Dias disse ainda que o ano eleitoral pode comprometer a votação de propostas no Congresso, mas destacou que essa é uma oportunidade de restabelecer a credibilidade das instituições: “Hoje a população está insatisfeita com o governo e com a oposição -a menor da história- mas o ano eleitoral é uma oportunidade para, por meio do voto, expulsar corruptos da vida pública; acabar com o sistema promíscuo de cooptação que impede as reformas e restabelecer a credibilidade das instituições, que estão desgastadas”.

Depois da palestra, o senador participou de um debate, mediado pelo jornalista Valdo Cruz, com o senador Humberto Costa(PT) e os deputados Ronaldo Caiado(DEM) e André Moura(PSC). Respondendo a perguntas do empresariado, Alvaro Dias disse que as reformas só vão acontecer no País se houver um presidente da República com perfil mudancista: “Devemos celebrar um pacto com os partidos políticos para que o novo Congresso, eleito nesse ano, impulsione as reformas. Mas isso só vai acontecer em um governo ousado e que tenha liderança”, concluiu.

Fotos: Luiz Wolff