No discurso que fez em plenário, o senador Alvaro Dias também voltou a questionar os empréstimos do BNDES a outros países, em especial a Venezuela. “Eu lembro, por exemplo, o financiamento para as linhas 3 e 4 do metrô de Caracas. Um dos últimos empréstimos foi no valor de US$732 milhões para obras de ampliação do metrô. Como o Brasil receberá de volta esse valor? A Venezuela hoje não tem papel higiênico, não tem comida para o seu povo, como pagará esse empréstimo ao governo brasileiro, ao povo brasileiro?”, questionou o senador.
Alvaro Dias destacou outros empréstimos do BNDES à Venezuela para financiar projetos de infraestrutura, compra de aeronaves e construção de hidroelétricas, como a de La Vueltosa. “Milhões de dólares para a hidroelétrica na Venezuela e apagões no Brasil por falta de investimentos. O Brasil não deveria alimentar falsas democracias ou ditaduras explícitas para não dar a elas sobrevivência ao longo do tempo e da história, sacrificando direitos humanos e maltratando populações. Se o Brasil tem carências internas e escassez de recursos, não há razão para alimentar a ambição desmedida dos boquirrotos e prepotentes líderes que se valem de recursos externos para a sua sobrevivência levando o seu país, como agora na Venezuela, a um abismo social sem precedentes”.
Diplomacia
Alvaro Dias questionou ainda, no pronunciamento, a posição do ministro das Relações Exteriores, Embaixador Luiz Alberto Figueiredo, que qualificou os manifestantes que estão conduzindo os protestos de radicais de extrema direita e grupos fascistas que não estão interessados em resolver os problemas da Venezuela.“A Casa do Rio Branco sempre desempenhou um papel digno de admiração, mas causa perplexidade o posicionamento do Itamaraty diante da crise que assola o nosso fraterno e vizinho país da Venezuela.Eu creio que é possível afirmar que esses boquirrotos líderes venezuelanos, que sustentam a bandeira do chavismo, não possuem ideologia a não ser a da truculência ”, disse.