Apesar de a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, ter afirmado nesta quarta-feira a “O Globo” que abriu comissão interna para apurar a compra da refinaria Pasadena, e que não ficará “pedra por pedra” na apuração de responsabilidades, a estatal tem um histórico de impor barreiras a investigações que envolvam as suas operações. Segundo o site Contas Abertas, no ano passado, a Petrobras obstruiu o acesso do Tribunal de Contas da União a informações sobre a obra da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Segundo relatório do TCU, a estatal teria sonegado informações requisitadas por ministros do Tribunal, prejudicando a realização da auditoria. De acordo com o TCU, os dados ocultos eram, em especial, dos possíveis aditivos referentes ao contrato da Unidade de Croqueamento Retardado (UCR). A UCR permite que as refinarias consigam converter cargas de maior peso molecular, provenientes de fases de refino anteriores, em produtos leves de maior valor agregado, como o óleo diesel.

Reportagem do site Contas Abertas informa que em abril de 2013, uma equipe de auditoria do TCU solicitou à Petrobras todas as Solicitações de Alteração de Escopo (SAE), as Solicitações de Modificação de Projeto (SMP) e os pleitos efetuados pela contratada, pendentes de análise ou em análise, relativas ao contrato da UCR da Abreu e Lima. O TCU afirma que as informações eram imprescindíveis para o desenvolvimento dos trabalhos de auditoria, uma vez que correspondiam a demandas da empresa contratada que podiam ensejar aditivos contratuais de aproximadamente R$ 600 milhões, somente ao contrato da UCR. Entretanto, por meio de carta, a estatal se negou a apresentar tais informações à equipe do TCU.

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