Um dos objetivos da CPI que irá investigar denúncias de irregularidades na Petrobrás é apurar o superfaturamento nas obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Segundo matéria do jornal “O Globo” desta quinta-feira (27), as obras da refinaria ligam o doleiro Alberto Yousseff ao ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal, e registraram superfaturamento de R$ 69,5 milhões apenas na primeira fase, de terraplanagem. A irregularidade, segundo o jornal, foi constatada pelo Tribunal de Contas da União, que encaminhou provas do superfaturamento à Polícia Federal, Ministério Público e Casa Civil da Presidência. O acórdão do TCU aponta que o superfaturamento só não foi maior porque, no decorrer das investigações, houve repactuação de preços entre a Petrobras e o consórcio que constrói a refinaria (formado por Norberto Odebrecht, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Galvão Engenharia), reduzindo o rombo. Mesmo assim, o valor alcançou 13% do total do contrato para a terraplanagem, que era de R$ 534.171.862,30.

Em relação à obra da refinaria, no último dia 18 de março foi aprovado no Plenário do Senado requerimento de Alvaro Dias, que solicita investigação do TCU nos empreendimentos mantidos pela Petrobras. Em seu requerimento, Alvaro Dias citou o relatório do TCU que havia identificado superfaturamento na construção da refinaria Abreu e Lima. O Tribunal, em 2008, determinou que a Petrobras suspendesse repasses à empreiteiras que executam o projeto, o que não aconteceu. Segundo o relator da auditoria, ministro Valmir Campelo, os técnicos do TCU constataram “gravíssimos indícios de irregularidades” na obra da refinaria, que inicialmente era orçada em R$ 4 bilhões, mas que já teve seus custos elevados para mais de R$ 10 bilhões.

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