Em pronunciamento no Plenário, o senador Alvaro Dias fez um alerta para haver uma despolitização no debate sobre a necessidade de o País realizar um racionamento de energia. Na sessão desta segunda-feira (07), o senador citou mensagens de distribuidoras de energia do Rio de Janeiro, que convidam e apelam para que o consumidor faça economia em sua residências e no trabalho. Para Alvaro Dias, o governo não pode continuar confundido “racionalização” de energia com “racionamento” de energia.

“Sem que a população brasileira seja devidamente advertida sobre o possível, e pelo que tudo indica,inevitável problema de racionamento e/ou desligamento seletivo e programado, caminhamos para impasses em nosso cenário energético. Implantar um esquema de racionalização no uso da energia elétrica seria o mais sensato e oportuno. Infelizmente, o governo Dilma avalia a questão sob a ótica do marketing e da propaganda. Se o racionamento não vier é devido à falta de tempo para implantá-lo, a típica letargia gerencial do governo, aliada a uma avaliação em torno dos possíveis estragos eleitorais”, disse o senador.

Ainda de acordo com o senador Alvaro Dias, as distribuidoras brasileiras vivem um momento dramático e o investidor estrangeiro respira fundo quando dimensiona que 30% dos recursos para as distribuidoras são oriundas do Tesouro Nacional. Ao citar cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Alvaro Dias informou que para evitar aumentos nas contas de luz e no preço da gasolina e do diesel, o governo pega R$ 63 bilhões por ano do Tesouro e injeta no caixa das distribuidoras. Esse valor, acrescentou, é quase igual ao gasto em assistência social, incluindo o Bolsa-família, que soma R$ 62,5 bilhões por ano.