Durante a sessão do Congresso, realizada na noite desta quarta-feira (07), o presidente do Senado, Renan Calheiros, pediu aos partidos que indiquem os membros para uma CPI mista da Petrobras, ou seja, composta de senadores e deputados. Os líderes partidários na Câmara e no Senado terão o prazo de cinco sessões para apresentar os nomes. Já o prazo para a indicação dos nomes para a CPI exclusiva do Senado – que tem a preferência dos governistas – termina hoje(08).
Na opinião do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), o governo prefere a comissão do Senado porque é onde tem maior possibilidade de controle dos trabalhos de investigação, já que conta contaria com 10 dos 13 membros: “ Nós sabemos que o governo não quer a CPI ou quer uma CPI absolutamente dominada”, disse à Rádio Senado.
Renan Calheiros afirmou que as duas CPIs serão instaladas e que caberá aos próprios colegiados decidir qual continuará funcionando. “Nós já tivemos no Congresso Nacional, ao longo dos momentos de investigação, várias CPIs que funcionam concomitantemente. Elas que terão que decidir se funcionarão ou não. Não é o presidente. O presidente não pode dizer qual comissão deve funcionar”.
Mesmo acatando a decisão do Supremo, de instalar a CPI restrita só com denúncias envolvendo a Petrobras, Renan informou que recorreria de ofício à CCJ, para confirmar ou rever essa interpretação. O recurso não tem efeito suspensivo. Não impede, portanto, a criação da CPI até que seja decidido.
Foto: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados