O senador Alvaro Dias cobrou das autoridades a apuração de denúncias de desvio de dinheiro público nas obras de ampliação da refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária, no Paraná. Segundo o senador, o esquema foi semelhante ao que teria ocorrido na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. No Plenário do Senado, nesta semana, Alvaro Dias lembrou que, já em 2009, havia pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR) que apurasse as denúncias.
De acordo com o senador, relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que houve superfaturamento de R$ 800 milhões no Paraná, mas o valor pode chegar a R$ 1,3 bilhão, nos cálculos do Judiciário.
“Desde 2009, nós estamos repetindo incansavelmente e solicitando do Governo providências, providências que não foram adotadas em relação a esse episódio. Agora, há a revelação, mas nós não alimentamos esperanças de que essa comissão parlamentar de inquérito possa apresentar qualquer novidade em relação a esses fatos. Resta-nos, isso sim, acreditar na eficiência do trabalho do Ministério Público, da Polícia Federal e da Justiça Federal para que, ao final, seja possível a responsabilização civil e criminal dos responsáveis pelas falcatruas praticadas e denunciadas e a condenação, evidentemente, civil e criminal de todos os envolvidos”, disse o senador Alvaro Dias no Plenário.
O Ministério Público Federal suspeita que as obras da Petrobras, na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, tenham sido alvo do mesmo esquema investigado na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A Petrobras contratou 5 consórcios de empreiteiras por R$ 7,5 bilhões. Laudo da Polícia Federal diz que as planilhas dos contratos têm sobrepreço de R$ 1,4 bilhão, que podem ter abastecido empresas ligadas ao ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.