Documentos internos e relatórios do Tribunal de Contas da União obtidos pela equipe de reportagem do jornal “O Globo” revelam que a Petrobras adiantou US$ 30 milhões à empresa belga Astra Oil, antes mesmo de terem sido concluídas as negociações de compra da refinaria Pasadena, no Texas. Autorizado em fevereiro de 2006 pelo Conselho de Administração da Petrobras, presidido pela então ministra Dilma Rousseff, o negócio, que posteriormente gerou prejuízo de mais de US$ 1 bilhão, só foi oficializado em setembro daquele ano. Apesar disso, foram pagos US$ 10 milhões em maio e US$ 20 milhões em junho de 2006 à empresa belga. De acordo com “O Globo”, relatório do TCU questiona a antecipação de recursos e destaca que eles eram “não-reembolsáveis”, caso o acordo fracassasse. No ano anterior, a Astra tinha adquirido a refinaria toda por US$ 42,5 milhões.
Segundo os documentos da Petrobras obtidos por “O Globo”, o adiantamento de US$ 30 milhões foi descontado dos U$$ 360 milhões pagos pela compra da primeira metade da refinaria. A estatal, no entanto, pagou mais do que o valor anunciado porque “ajustes contratuais” consumiram US$ 71 milhões. A parceria com a Astra foi de curta duração e, após uma briga judicial iniciada em 2008, na qual a Petrobras sofreu seguidas derrotas, foi fechado um acordo para o pagamento de outros US$ 820 milhões. Com isso, o valor total pago por Pasadena foi de US$ 1,251 bilhão.
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