A sexta-feira foi recheada de más notícias sobre o cenário atual da economia brasileira. Segundo informações veiculadas pelo IBGE, houve queda de 0,6% no Produto Interno Bruto do país em relação ao trimestre anterior. O IBGE reviu o resultado do primeiro trimestre para -0,2%, configurando uma recessão técnica. Em três dos últimos quatro trimestres, a economia brasileira encolheu. E segundo o instituto, a crise brasileira é disseminada: exceto pela atividade agrícola, que teve expansão de 0,2%, a produção de todos os setores recuou no segundo trimestre. De novo a indústria teve os piores resultados (-1,5%). Os investimentos caíram 5,3% nos últimos três meses. Ou seja, os números mostram que o governo da presidente Dilma conseguiu jogar o Brasil em um quadro de recessão, algo que não acontecia desde a crise mundial de 2009. O Brasil não apenas parou de crescer como agora vê sua produção cair por dois trimestres consecutivos.

Também nesta sexta-feira o Tesouro Nacional informou que as despesas do governo federal de julho superaram em R$ 2,2 bilhões as receitas, o que implica no pior deficit das contas públicas para um mês de julho de que o Tesouro tem registro. A série estatística tem início em 1997. O resultado revelado pelo Tesouro Nacional é reflexo do desaquecimento da economia. As receitas aumentaram 8,5% no mês, enquanto as despesas tiveram um acréscimo de 11,5%, aumento puxado pelos custos com pagamento de pessoal. Outro fator que pesou para o mau resultado foi a queda no repasse de dividendos das estatais, expediente muito usado pelo Tesouro. Em junho, esse valor foi de R$ 1,5 bilhão, enquanto que em julho esse valor caiu para R$ 5,2 milhões (queda de 99,7%).