No último dia 1º de maio, a presidente Dilma Rousseff fez pronunciamento em cadeia de rádio e TV, no dia do trabalhador, e em um discurso de forte cunho eleitoral, Dilma afirmou ter assinado uma medida provisória corrigindo a tabela do Imposto de Renda, “para favorecer aqueles que vivem da renda do seu trabalho”. Segundo a presidente, a medida iria significar “um importante ganho salarial indireto e mais dinheiro no bolso do trabalhador”. Pois a medida de Dilma, que previa reajuste de 4,5% na tabela do IR a partir de janeiro de 2015, acaba de perder validade por falta de esforço do governo e de seus aliados no Congresso para votá-la a tempo.
O reajuste da tabela do Imposto de Renda foi anunciado pela presidenta Dilma por ocasião do Dia do Trabalhador e, posteriormente, foi encaminhado pelo governo ao Congresso a MP reajustando a tabela do IR. Pela MP, a faixa de isenção do IR passaria de R$ 1.787,77 para R$ 1.868,22. A alíquota de 7,5% seria paga por trabalhadores que ganham de R$ 1.868,23 a R$ 2.799,86; a de 15%, pelos que recebem entre R$ 2.799,87 e R$ 3.733,19; a de 22% por trabalhadores que ganham de R$ 3.733,19 a 4.664,68 e a alíquota de 27,5% seria paga pelos que ganham acima de R$ 4.664,68. Por falta de interesse do governo e de sua base aliada no Congresso em aprovar a medida, ela irá ao arquivo por decurso de prazo, quando vence todo o período legal que é imposto para sua votação. A promessa de Dilma, de reajustar a tabela do Imposto de Renda, não sairá no próximo ano.