“No amplo noticiário sobre os parlamentares eleitos no domingo, 5, houve destaques — merecidos, logicamente — para a espetacular vitória do ex-governador de São Paulo José Serra sobre o petista Eduardo Suplicy, há 24 anos no Senado, que parecia imbatível e terminou massacrado pelo adversário tucano: com seus sonoros 11,1 milhão de votos, o ex-presidenciável do PSDB obteve quase o dobro dos sufrágios atribuídos a Suplicy.

Mas há que se ressaltar um feito fora da curva: a maior votação proporcional da história da democracia pós-1946 alcançada no Paraná pelo senador Alvaro Dias (PSDB), que se reelegeu com o fabuloso índice de 77% dos votos válidos, deixando longe, em percentual, todos os outros 26 senadores eleitos.Dias, ex-governador do Paraná e que até alguns meses antes do pleito não contava com a menor simpatia do governador tucano Beto Richa, a ponto de ter pensado em deixar o partido, obteve o reconhecimento do Estado — onde o PT perdeu cinco das seis últimas eleições presidenciais, desde a volta do voto direto para o Planalto, em 1989 – por sua atuação como a voz mais forte da oposição ao longo de todo o mandato da presidente Dilma, como líder e, atualmente, vice-líder da bancada tucana”.  Leia a íntegra do artigo de Ricardo Setti