Reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico revela o teor de alguns documentos que apontam que diretores da Petrobras deram aval a negócios que causaram perdas de até US$ 10 bilhões à estatal. Segundo o “Valor”, a diretoria da empresa, aí incluída a presidente Graça Foster, teria dado aval a diversos projetos mesmo diante do iminente prejuízo com as obras. Os documentos obtidos pelo jornal comprovam que a diretoria da estatal teria aprovado, em 2009, propostas para licitação e contratos que causaram os prejuízos bilionários para a companhia. Os documentos apontam para várias obras irregulares, incluindo construção de uma estação de tratamento de água, implantação de tanques de armazenamento, além de edificações e urbanização na área administrativa da refinaria.

As irregularidades e o superfaturamento nas obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, foram alvo de uma das 18 representações apresentadas pelo senador Alvaro Dias na Procuradoria-Geral da República. Em 2009, quando ingressou com denúncia e pedido de investigação no Ministério Público Federal, o senador Alvaro Dias alegou que a obra, orçada inicialmente em US$ 4 bilhões, naquela época já estava superfaturada e com nova estimativa de custos de US$ 12 bilhões. Como lembrava o senador à época, oficialmente a Petrobras alegava que o encarecimento da obra havia ocorrido por indefinições no projeto básico, do aumento nos preços de equipamentos e produtos, além da inclusão de um sistema de tratamento de enxofre e de diminuição de emissões de gases tóxicos. Agora, cinco anos depois, o preço final da obra já ultrapassa os US$ 20 bilhões, e sabe-se que o superfaturamento e os aditivos bilionários financiaram o petrolão e o desvio de verbas pela quadrilha que atuava dentro da Petrobras.

Leia aqui a reportagem do Valor.

Veja aqui a representação apresentada pelo senador Alvaro Dias na PGR