Pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios, destacada em editorial do jornal “Estado de S.Paulo”, revela que quase 600 municípios terão de atrasar neste ano o pagamento do 13.º salário dos servidores, como consequência da política fiscal e econômica do governo federal nos últimos anos, que afeta fortemente as finanças estaduais e municipais. Segundo a CNM, os servidores de estados e municípios estão pagando o custo das desonerações promovidas pelo governo federal, do baixo crescimento e dos atrasos nos repasses da União aos municípios – as pedaladas do governo federal que impõem a outros entes federativos as consequências de uma política fiscal que beira a irresponsabilidade. Segundo a pesquisa da CNM enfocada no editorial do “Estadão”, as dificuldades financeiras dos municípios se agravaram em 2014 graças à política fiscal sem controle, que faz com que o governo federal sofra com contínuas dificuldades de caixa, levando a equipe econômica a se utilizar das chamadas “pedaladas” para atrasar os repasses aos municípios. Conforme aponta a CNM, três rubricas relacionadas à educação foram as mais prejudicadas com os atrasos da União: repasse direto de verbas de acordo com o número de alunos matriculados nas escolas, salário-educação e Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.

Os problemas enfrentados atualmente por estados e municípios foram motivo de diversos alertas e pronunciamentos feitos durante o ano pelo senador Alvaro Dias. Para o senador, o governo Dilma passou os últimos anos armando uma bomba-relógio na economia, resultado, segundo ele, do projeto de governo voltado apenas para a manutenção do poder e da falta de planejamento estratégico e organização. “Enquanto a presidente assumiu, desde o início do ano, uma agenda de campanha, não de País, a economia passou 2014 inteiramente à deriva, e com essa gestão claudicante, insegura, desorganizada, arma-se uma bomba-relógio com efeito retardado que pode explodir no colo do País, com estilhaços fulminantes atingindo todas as famílias e os estados e municípios”, disse Alvaro Dias por repetidas vezes.

Leia aqui o editorial do Estadão.