Inflação alta, juros elevados, crescimento baixo e contas públicas em deterioração é o cenário que o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy terá de enfrentar. É o que projetam os economistas de instituições financeiras consultados pelo Banco Central. Os investidores e os analistas do mercado financeiro voltaram a elevar a projeção de inflação para 2015, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A projeção passou de 6,56% para 6,6%. A estimativa segue acima do teto da meta, que é 6,5%. Os dados são do boletim Focus, divulgado hoje (12) pelo Banco Central (BC).
O boletim Focus da última semana também reduziu pela segunda vez a projeção do crescimento da economia para 2015, de 0,5% para 0,4%. A estimativa para os preços administrados, que sofrem algum tipo de influência do governo, teve alta pela quinta semana, passando de 7,85% para 8%. Com relação à taxa básica de juros, a Selic, a previsão para 2015 permanece em 12,5% ao ano. A projeção de câmbio também foi mantida, em R$ 2,80.
A estimativa da dívida líquida do setor público passou de 37,3% para 37,25% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). A projeção do déficit em conta-corrente, que mede a qualidade das contas externas, passou de US$ 77 bilhões a US$ 77,4 bilhões.