A administração pública brasileira está no fundo do poço. A afirmação foi feita pelo senador Alvaro Dias, ao destacar, no Plenário, os números da nova pesquisa CNI/Ibope, que mostram que a popularidade do governo Dilma caiu de 40% em dezembro para apenas 12% agora em março. De acordo com a pesquisa, o número de pessoas que aprovam a maneira de governar da presidente Dilma caiu de 52% para 19% no mesmo período, e apenas 14% da população acreditam que o restante do segundo governo será ótimo ou bom. A pesquisa CNI-Ibope mostra ainda que para 76% dos entrevistados, o segundo mandato da presidente Dilma está sendo pior que o primeiro, e entre os que votaram na candidata petista, o percentual de aprovação de sua maneira de governar caiu de 80% em dezembro para 34% em março.
Ao ler na Tribuna os números da pesquisa, o senador Alvaro Dias afirmou que o governo atual tem sua credibilidade rejeitada de forma absoluta pela grande maioria do povo brasileiro. Para o senador, um governo sem credibilidade não tem condições de agora pedir à população que se sacrifique para pagar a conta do ajuste que se faz necessário depois dos muitos equívocos cometidos nos primeiros quatro anos do mandato de Dilma.
“O governo Dilma não oferece a contrapartida proporcional ao sacrifício que exige do povo. Ontem, na audiência da qual participou na CAE, o ministro Joaquim Levy não disse que o governo iria cortar um ministério sequer, um cargo comissionado, uma coordenadoria, um dos milhares cargos comissionados. Este é um governo perdulário, e que agora tenta colocar a mão grande no bolso do contribuinte. É injustificável querer este governo transferir para a sociedade a responsabilidade de uma crise da qual o povo brasileiro na verdade é vítima. Quantos alertas fizemos aqui no Plenário, nos últimos anos, para a bomba-relógio que estava sendo armada e que explodiria no colo dos brasileiros? Pois que a responsabilidade pelos problemas da economia seja debitada a quem governa o país”, disso senador.
Alvaro Dias, em seu pronunciamento, disse ainda considerar uma afronta ao povo brasileiro o aumento de impostos e alíquotas, o preço dos combustíveis, a tarifa de energia, quando não se reduz um centavo sequer das despesas deste governo que gasta cerca de R$ 474 bilhões apenas para manutenção de sua gigantesca máquina.