As invasões de propriedades produtivas no País, com a paciente contemplação governamental, se tornaram lamentavelmente um fantasma na vida dos agricultores brasileiros. A afirmação foi feita pelo senador Alvaro Dias, ao falar, na sessão plenária desta segunda-feira (15), ao relembrar sua atuação à frente da CPI da Terra, que funcionou no Senado e que revelou as mazelas existentes no sistema fundiário brasileiro. Para o senador, por conta da omissão, da conivência e da complacência do governo com os movimentos de trabalhadores sem terras, alimenta-se a violência no campo e são estimuladas as invasões, a destruição de plantações e a ocupação de fazendas produtivas.
“Com aquela CPI, nós revelamos uma relação promíscua do governo do PT com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, que, não possuindo identidade jurídica, utilizara-se de expedientes revelados pela CPI com a organização de cooperativas, a Concrab, a Anca, o ITerra, celebrando convênios com Ministérios que repassava recursos com desvio de finalidade. Recursos que deveriam ser destinados à reforma agrária, aos assentamentos, ao apoio técnico aos assentamentos, esses recursos eram desviados por essas organizações, paralelas ao MST, com o objetivo de alimentar o movimento de invasões a propriedades produtivas no País”, disse o senador.
Alvaro Dias lembrou ainda que recentemente protocolou requerimento com pedido de informações ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre ações adotadas pelo governo federal perante a destruição de pesquisas com eucalipto geneticamente modificado. Segundo lembrou o senador, no dia 05 de março de 2015, milhares de plantas de eucalipto geneticamente modificado, em experimento autorizado dentro de estufas em Itapetininga, no Estado de São Paulo, foram destruídas por vândalos e supostos meliantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
“O governo do PT, ao longo de mais de uma década, observa, como expectador privilegiado, a destruição de laboratórios, experimentos com soja, eucalipto, milho transgênico e até laranja. Ainda estamos aguardando resposta a esse requerimento”, explicou Alvaro Dias.