O senador Alvaro Dias (PSDB-PR), em pronunciamento no Plenário, afirmou que o pacote de medidas do governo para cortar gastos é ofensivo e afrontoso à população, e consagra a incompetência administrativa da administração Dilma. Para o senador, as iniciativas anunciadas pela equipe econômica não reduzem despesas, não eliminam as estruturas ociosas e onerosas, e estão longe de alcançar a essência da crise que vem derrubando a economia brasileira.
“Nos acostumamos neste governo a assistir invenções como a mágica contábil, a contabilidade criativa, as pedaladas fiscais, mas hoje, não conseguimos ver criatividade alguma. Que criatividade tem o governo ao buscar como solução para a crise o aumento de imposto? Isso é criativo? Isso por acaso é inteligente? Não, medidas como essa são, na verdade, ofensivas e afrontosas à sociedade brasileira que já paga impostos demais”, afirmou o senador.
No seu discurso, o senador Alvaro Dias salientou que o governo, de fato, teria anunciado um mero “tapa-buracos”, que não garante a promoção da recuperação econômica do País a curto prazo. Segundo afirmou o senador, ao contrário de apresentar aos brasileiros um projeto de reformas efetivas para reduzir o custo do Estado, tratou apenas de “colocar a mão grande no bolso do contribuinte”, aumentando impostos num país já sufocado por uma das mais altas cargas tributárias do mundo.
“Diante deste cenário de crise que se aprofundou nos últimos meses, a montanha pariu um rato. É incrível que especialistas da economia no governo Dilma possam imaginar que aumentando impostos promoverão crescimento econômico. O que o governo fez foi propor a retomada da CPMF de forma sorrateira e malandra, apresentando uma alíquota de 0,20% para que governadores pressionem os congressistas e obtenham 0,18% de alíquota a seu favor e dos municípios, arrancando do já explorado povo brasileiro um pouco mais. Nós vamos reagir a essa proposta. Nós temos o dever de repercutir aqui o desejo do povo deste País, que não aguenta mais pagar impostos, que já paga demais. E isso é um contrassenso, porque evidentemente, ao aumentar impostos, o governo aumenta as dificuldades do setor produtivo, que é obrigado a demitir mais, e debilita a capacidade de recuperação da economia brasileira. Portanto, é uma trombada na realidade econômica e social do País a criação dessa CPMF”, afirmou o senador Alvaro Dias.