Por conta dos atrasos do governo Dilma em pagar suas obrigações com a Organização das Nações Unidas (ONU), a dívida brasileira com a entidade já ultrapassa dos US$ 120 milhões, e a dificuldade do País em pagar sua contribuição obrigatória às Nações Unidas deve crescer no próximo ano. Segundo uma proposta que deve ser aprovada na Assembleia-Geral da organização, a cota do país terá aumento de 30%, chegando a uma soma anual de US$ 103 milhões. Atualmente, a parcela brasileira do orçamento regular da ONU é de 2,9% do total, ou US$ 79,6 milhões. Com o ajuste, baseado em indicadores econômicos entre 2008 e 2013, irá para 3,8%.

Os EUA são os maiores devedores, com 75% do total da dívida (US$ 713 milhões). Em seguida vêm o Brasil, que deve US$ 124 milhões (13% do total) e a Venezuela, com US$ 35 milhões. Tanto os EUA como o Brasil acumulam dívidas referentes a 2014 e 2015. Pelas regras da ONU, um país pode ser punido com a perda do direito a voto na Assembleia-Geral caso sua dívida seja equivalente a dois anos de contribuição. O Brasil, por ora, está livre desse risco, por ter pagado parcela de US$ 32,1 milhões pouco antes da visita da presidente Dilma Rousseff a Nova York, onde ela discursou na sede da organização.

No total, o Brasil deve às Nações Unidas US$ 245 milhões, incluindo um débito de US$ 121 milhões às operações de paz.