Em pronunciamento no Plenário, na sessão desta segunda-feira (28), o senador Alvaro Dias afirmou que já há farta documentação em poder da Justiça Federal, do Ministério Público e da Câmara dos Deputados para comprovar a montagem de um sofisticado esquema de corrupção na administração pública federal. Para o senador, essa farta documentação revela a utilização de recursos oriundos do petrolão na campanha eleitoral, esquema revelado em delações premiadas e por documentos recolhidos na operação Lava Jato.
“São três vértices que oferecem sustentação polícia e jurídica ao processo de impeachment. De um lado, o Tribunal de Contas da União, de outro lado a Operação Lava Jato e, finalmente, o Tribunal Superior Eleitoral. Há farto material de prova para esse julgamento, que, repito, é político, mas certamente, tem também pressupostos jurídicos indispensáveis para a sua sustentação”, afirmou o senador.
Para Alvaro Dias, o debate sobre o impeachment, se é ou não um “golpe”, é dispensável e repetitivo. “A quantas semanas o Senado discute se o impeachment é golpe, ou se o impeachment não é golpe? Na verdade, podem-se discutir preciosismos jurídicos, se o desejarem, mas o impeachment será consequência de um julgamento político no Congresso Nacional. E, num julgamento político, prevalece o conjunto da obra”, disse o senador, lembrando que Dilma será julgada por ações irregulares tais como pedaladas, suplementação de verbas sem autorização legal, dinheiro de corrupção na campanha, entre outros crimes.
“São detalhes deste conjunto da obra, que faz prevalecer, diante da sociedade brasileira, a existência de um complexo e sofisticado esquema de corrupção, idealizado em nome de um projeto de poder de longo prazo. Não há como isentar quem preside o País desses fatos que lamentavelmente provocaram a grande indignação no povo brasileiro”, concluiu o Líder do PV.