O Líder do PV, Alvaro Dias, apresentou o apoio do partido à indicação do senador Antonio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais, para a relatoria da comissão especial que analisa o impeachment da presidente Dilma. O senador rebateu os argumentos apresentados por parlamentares governistas, sobre Anastasia já ter posição definida a respeito do tema, e disse esperar a apresentação de um parecer inatacável juridicamente.

“Como determina o regimento, todos os partidos devem participar da comissão especial, e represento aqui o PV. Portanto, motivado pela responsabilidade partidária, apresento nosso integral apoio ao senador Antonio Anastasia como relator do processo de impeachment. Os argumentos dos governistas, de que ele já teria posição definida antes, não se sustenta, pois todos os senadores têm posição firmada. Acreditamos que o relator produzirá um parecer com brilhantismo, competência, um registro jurídico absolutamente imprescindível e com sustentação jurídica capaz de desfazer qualquer preocupação em relação à legitimidade do processo”, afirmou Alvaro Dias.

Em resposta ao senador Lindbergh Farias, o Líder do PV reafirmou que é uma ofensa aos ministros e ao corpo técnico do Tribunal de Contas da União afirmar que as chamadas “pedaladas fiscais” não constituem crime de responsabilidade. Alvaro Dias também lembrou que somente estão sendo julgadas as pedaladas, e não todos os outros crimes cometidos pela presidente Dilma, pela ação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que rejeitou mais de 50 pedidos de impeachment.

“Nós deveríamos estar julgando a presidente pelo conjunto da obra dos crimes praticados, e só não estamos porque o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, arquivou mais de 50 pedidos de impeachment em benefício da presidente Dilma, e não da oposição, como teimosamente afirmam alguns. Na verdade, o presidente da Câmara trabalhou a favor de Dilma, se recusando a acolher outros pedidos de impeachment que contém diversos crimes cometidos por este governo. De qualquer forma, julgaremos o crime de responsabilidade das pedaladas, em que houve a criação da contabilidade criativa para ocultar a realidade das contas públicas, provocando enorme rombo”, concluiu o senador Alvaro Dias.