O líder do PV, Alvaro Dias, seguiu o entendimento, na sessão da CCJ para análise do processo de cassação do senador Delcídio Amaral (sem partido), de que a votação só ocorresse após o recebimento de novos documentos incluídos na denúncia formulada pela Procuradoria-Geral da República. Para Alvaro Dias, o Senado precisa ter prudência na análise do processo, para evitar deixar margem à declaração de nulidade das decisões tomadas pela defesa do senador Delcídio. Para o líder do PV, as novas informações são fundamentais para o pleno entendimento sobre as denúncias, até por conta das declarações de Delcídio, de que ele teria agido a mando de alguém para obstrução da justiça.
“A defesa informa que pleiteou no Conselho de Ética que aguardasse o aditamento da denúncia perante o Supremo Tribunal Federal. E está implícito que esse aditamento é da maior importância, a partir, inclusive, da afirmação do senador Delcídio de que ele agiu em razão de determinação superior como líder do Governo – receber uma determinação superior para agir da forma como procedeu. Diante desse fato, eu considero importante esse aditamento. Nós estaremos desautorizados a julgar o senador Delcídio do Amaral se nós não conhecermos na sua amplitude todos os fatos que o envolveram nesse episódio, inclusive como fundamental a existência de alguém superior que o induziu à prática dessa providência”, defendeu o senador Alvaro Dias.