Os parlamentares precisam trabalhar pela preservação da operação Lava Jato, pela defesa das instituições fundamentais para o Estado de Direito, e propondo alterações na legislação que a aprimorem e imponham maior rigor no combate ao crime, ressuscitando as esperanças do povo brasileiro de que é possível viver em um país no qual a justiça é igual para todos. A afirmação foi feita na sessão plenária desta segunda-feira (13) pelo senador Alvaro Dias, ao comentar, na Tribuna, a entrevista concedida pelo coordenador da força-tarefa da Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol, ao jornal “Estado de S.Paulo”.

Na entrevista, o procurador Deltan Dallagnol faz um alerta: de que é possível – “e até provável” – que as investigações do maior escândalo de corrupção do País acabem devido a uma conspiração de “pessoas que estão dentre as mais poderosas e influentes da República”. Para o procurador, nos diálogos de gravações recentes entre lideranças do PMDB, trata-se abertamente de um “pacto nacional” para impedir o avanço das investigações e da tentativa de um “acordão” entre partidos para “acabar com a Lava Jato”.

Na opinião do senador Alvaro Dias, é impossível que a operação Lava Jato seja contida e deixe de alcançar os seus objetivos finais. “O apoio popular à operação impede que haja qualquer obstrução nos trabalhos da força-tarefa, além da sustentação que os juízes, procuradores e delegados da Polícia Federal recebem daqueles que, na atividade pública, compreendem a importância de se estabelecer um novo tempo na Justiça brasileira”, disse.