O senador Alvaro Dias reforçou sua posição, durante sessão da comissão de impeachment, de que a presidente Dilma cometeu um crime de responsabilidade premeditado com as chamadas “pedaladas fiscais”. O senador disse que não iria fazer perguntas ao ex-subsecretário de Orçamento e Administração do Ministério da Previdência Social, José Geraldo França, convocado pela defesa da presidente afastada, por serem conhecidas as respostas.
“De nada adiantará os depoimentos dessas dezenas de testemunhas convocadas pela defesa da presidente afastada. Quando discutimos aqui a admissibilidade do processo, discutimos também o mérito, depois de um longo debate, e assim epois disso pudemos reforçar nossa convicção de que houve sim um crime de responsabilidade que levou o País a assistir um verdadeiro estelionato eleitoral. E o objetivo essencial do crime praticado foi vender a falsa imagem à população do País de que as contas públicas estavam equilibradas. Portanto, mentiu-se deliberadamente ao povo brasileiro para a conquista de um novo mandato”, afirmou o senador, na tarde desta quarta-feira (15).
Na sua intervenção, Alvaro Dias criticou os parlamentares que tentam fazer a população pensar que as pedaladas não foram um crime de maior gravidade. “As pedaladas se constituem, sim, em crime premeditado da maior gravidade que nos levou ao estelionato eleitoral. Mas não bastassem as pedaladas não nos permitiram trazer para o processo de impeachment os outros crimes que foram praticados, por exemplo, com a utilização do BNDES, as delações premiadas que o País passa a conhecer, entre tantas irregularidades”, afirmou.