O senador Alvaro Dias, em pronunciamento no Plenário no mês de maio, reforçou seu voto a favor do impeachment de Dilma Rousseff, e disse que ela, como presidente, Dilma feriu de forma visível os alicerces básicos da Lei de Responsabilidade Fiscal, cometendo, assim, crime de responsabilidade. Alvaro Dias criticou o desastre administrativo de Dilma e a sequência de denúncias de corrupção envolvendo o governo. Na visão do senador, o impeachment começou há muitos anos. Ele lembrou que, em 2005, época do escândalo do mensalão, chegou a pedir o impeachment do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).

“Se as providências tivessem sido tomadas no tempo devido, o país não estaria assistindo a este rombo nos cofres públicos, nem ao crescente desemprego e à alta da inflação”, lamentou o senador.

Alvaro Dias afirmou também que, como consequência desse desastre administrativo que foi o governo Dilma, uma investigação judiciária exitosa definiu, já no mensalão, um complexo e sofisticado esquema de corrupção atuando em nome de um projeto de poder de longo prazo, arquitetado por uma organização criminosa. E na esteira desses escândalos, ocorreu a insatisfação popular.

“O maior desserviço que se prestou à Nação, nos últimos anos, foi a banalização da corrupção. Mas agora eu vejo a fotografia do País com duas faces: de um lado, a indignação; e do outro lado, a esperança. De um lado, a indignação, a revolta e o protesto, fazendo com que o Brasil seja uma Nação em mudança. E essa mudança começa nas ruas, com multidões indignadas pedindo o impeachment da Presidente da República. E no embalo das multidões, a mudança chega a instituições essenciais ao Estado de direito democrático, em que estão fincados os alicerces básicos da democracia: Ministério Público, Polícia Federal e Justiça Federal. E nós assistimos o nascimento de uma nova Nação, com a capacidade de indignação e a exigência de mudanças. E assistimos o surgimento de uma nova Justiça, substituindo aquele conceito arraigado de que a Justiça, no Brasil, alcançava apenas os pobres”, disse Alvaro Dias.