O Líder do PV, senador Alvaro Dias, participou, na noite desta segunda-feira (26/9), de um debate no Centro Universitário IESB, na cidade satélite de Ceilândia (DF). O senador foi convidado para uma palestra sobre as perspectivas e desafios da política, e depois respondeu aos questionamentos dos alunos do curso de direito, que lotaram o auditório da faculdade para discutir, além de política, a qualidade da educação brasileira.
“É uma satisfação enorme estar aqui para lançarmos uma reflexão sobre qual escola nós desejamos: a almoxarifado que armazena informações impostas ou a que estimula o debate para que o jovem se prepare para as mudanças? ”, disse o senador.
Alvaro Dias falou sobre as crises (política, econômica, ética) pelas quais o Brasil passa, e sobre as consequências nefastas da corrupção: “O Brasil perde investimentos extraordinários porque os grupos econômicos escolhem as nações com índices menores de corrupção para investir. E, infelizmente, segundo a Transparência Internacional, o Brasil está entre os países mais corruptos do mundo”. O senador destacou ainda o crescimento da dívida pública, que tem emperrado o desenvolvimento do País, e condenou o balcão de negócios, apontado por ele como a matriz dos escândalos de corrupção: “O sistema de cooptação de apoio político faz crescer a administração pública com a criação de cargos, ministérios e agências para atender os interesses partidários. E isso esgota a capacidade do governo de investir em setores essenciais”.
O senador foi bastante aplaudido pelos alunos quando falou sobre sua Proposta de Emenda Constitucional que acaba como foro privilegiado: “Se queremos um País igual para todos, temos que acabar com os privilégios para autoridades”, disse.
Alvaro Dias respondeu a várias perguntas dos universitários sobre a reforma do ensino médio, o sistema de governo ideal; a reforma política; a força das manifestações populares; e fez um mea culpa em relação à descrença da sociedade com os políticos, apontada por um dos alunos. “A população foi às ruas, deixando de lado a letargia, a anestesia, e isso fez com que as instituições com a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça mudassem e se fortalecessem. Mas esse sentimento de mudança ainda não chegou à classe política. Mas eu digo, ou a mudança chega ou os políticos serão atropelados. Há muita desesperança, mas o Congresso Nacional é uma instituição fundamental. É preciso separar o joio do trigo. Ainda há políticos acreditados e bem intencionados”, disse.
A reitora do IESB, Eda Coutinho, o advogado tributário, Wilfrido Marques, e professores do Centro Universitário também participaram dos debates.