Quem apoia incondicionalmente a luta contra a corrupção e quer a moralidade na vida pública, precisa se engajar na defesa da operação Lava Jato, da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça Federal. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (11) pelo senador Alvaro Dias, em pronunciamento no Plenário, ao falar sobre a prisão do empresário Joesley Batista, dono da JBS. Para o senador, a Lava Jato está sendo vítima de uma estratégia do mundo do crime, que é a de tentar desqualificar quem investiga, quem denuncia e quem julga.
“Nós estamos verificando que lançam, constantemente, flechas contra a Operação Lava Jato, especialmente na esperança da desqualificação que possa fazer prevalecer a impunidade daqueles que participaram dos grandes escândalos de corrupção neste País nos últimos anos, provocando essa indignação histórica que estamos vivendo. Daqui a alguns dias, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, deixará a sua função. Nos últimos dias ele foi, violenta e insistentemente, atacado. E nós queremos fazer justiça ao seu desempenho, registrar aplausos a quem se comportou como uma espécie de xerife no combate à corrupção, reconhecer a importância e o valor da sua atuação para o sucesso da Operação Lava Jato, que é inegável. Ele tanto quanto Sergio Moro, Deltan Dallagnol, o Procurador Santos Lima, o Juiz Bretas, do Rio de Janeiro, e o Ministro Edson Fachin são figuras do mundo jurídico, autoridades judiciárias permanentemente atacadas por aqueles que querem comprometer a Operação Lava Jato, impedindo o seu sucesso, por aqueles que querem a prevalência da impunidade sobre a justiça no País”, afirmou o senador.
No seu pronunciamento, Alvaro Dias destacou ainda o depoimento do ex-ministro Antonio Palocci ao juiz Sérgio Moro. Segundo o senador, será difícil desmentir o que disse o ex-ministro, pois ele passou uma imagem de sinceridade. Para o senador, é importante que os órgãos de polícia e da justiça continuem fazendo a limpeza na corrupção brasileira.
“Nesta hora em que esta tempestade devastadora se abate sobre a vida publica deste país, é preciso que as pessoas de bem se reúnam em torno da causa da moralidade pública na defesa das instituições democráticas, e sobretudo preservando a autoridade daqueles que investigam, denunciam e julgam para preparar este país para um novo tempo”, afirmou.
O senador também repudiou os ataques ao juiz Sérgio Moro feitos por Pedro Stédile, presidente do Movimento dos Sem Terra. Em comício realizado pelo ex-presidente Lula no Maranhão, Stédile fez ataques pessoais ao juiz. “Não podemos ignorar o que houve agora recentemente no Estado do Maranhão no mesmo palanque em que se encontravam o ex-presidente Lula e o governador Flávio Dino, do Maranhão. O Sr. Stédile, do MST, fez ataques virulentos ao juiz Sergio Moro, com expressões chulas, que desta tribuna repudiamos, exatamente na esteira dessa estratégia de tentar desqualificar as autoridades que, neste momento, são responsáveis pelo julgamento daqueles que cometeram crimes de corrupção ao longo do tempo no nosso País”.