“Bombásticas”. “Devastadoras”. “Destruidoras”. Foi com esses termos que o candidato do Podemos à Presidência da República, senador Alvaro Dias (PR), classificou, esta terça-feira (02/10), as revelações feitas contra o Partido dos Trabalhadores (PT) por Antonio Palocci, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, em delação premiada firmada com a Polícia Federal em Curitiba.
Na delação, entre outros pontos, Palocci revela que as campanhas do PT em 2010 e 2014 custaram R$ 1,4 bilhão – valor muito maior do que o declarado à Justiça Eleitoral. “Eles não ganharam a eleição, eles compraram a eleição. Eles não venceram a eleição, eles roubaram a eleição. Roubaram a eleição para depois roubar o Brasil, e continuaram roubando”, criticou o presidenciável, durante caminhada em Guarulhos, em São Paulo.
Para Alvaro Dias, a confissão do crime por parte de Palocci só reforça as acusações feitas pelo parlamentar ao longo de décadas contra o PT. “O crime de uma quadrilha, o crime de uma organização criminosa, que trabalhou com dinheiro sujo, que trouxe dinheiro sujo de fora. É por isso que o BNDES mandou bilhões para o exterior, para que esse dinheiro voltasse, o dinheiro sujo, para alimentar a campanha eleitoral do PT em primeiro lugar”, afirmou.
Segundo a delação de Palocci, empresários abriam contas no exterior para o Partido dos Trabalhadores, a fim de abastecer um sistema de corrupção. Caberia pedir o cancelamento do registro do PT, porque recebeu dinheiro de fora. A lei é clara: partido político não pode receber dinheiro de exterior. E há uma confissão de quem participou desse esquema gigantesco de corrupção”, disse o presidenciável.
“Quem pensava que a Operação Lava Jato tinha chegado além das possibilidades, agora percebe que ainda não chegamos ao fundo do poço”, complementou Alvaro Dias. Durante o evento em Guarulhos, o senador esteve acompanhado da presidente nacional do Podemos, Renata Abreu (SP), e do vereador, ex-secretário municipal de Segurança Pública e agora candidato a deputado estadual, João Dárcio.