O Líder do Podemos, senador Alvaro Dias, apresentou em plenário, nesta segunda-feira (24/6), dados fornecidos pelo Ministério da Economia – via Lei de Acesso à Informação – que mostram que o aumento da carga tributária e do endividamento do governo nos últimos anos são consequência da incompetência administrativa e da corrupção.

Ele informou que de 1998 a 2006, a carga tributária passou de 26% para 33,6% do PIB (Produto Interno Bruto). Esse aumento, como avaliou, foi gerado para cobrir excesso de gastos. Diante do cenário, ficou impossível aumentar ainda mais a carga tributária e, a partir de 2007, o governo optou pelo endividamento público para cobrir as despesas: “Para tapar os buracos abertos pela incompetência administrativa ou pela corrupção, os governos colocavam a mão grande no bolso dos contribuintes brasileiros, aumentando a carga tributária de forma exorbitante. Em 2007, a carga tributária bateu no teto. Não era mais possível aumentar impostos, e os governos, a partir daí, de 2007 a 2018, patrocinaram o endividamento para cobrir o excesso de gastos e políticas econômicas equivocadas”, destacou o Líder do Podemos

Daquele ano até 2019, a dívida pública bruta — que era de R$ 1,6 trilhão — passou para R$ 5,4 trilhões. Mesmo reconhecendo que muitos países também se endividaram nos últimos anos, Alvaro Dias lembrou que, diferentemente do Brasil, os governos daqueles países usaram o dinheiro em investimentos produtivos: “No Brasil, esse dinheiro engordou as estatísticas econômicas do sistema financeiro. O que ficou para os brasileiros, além de dívida para pagar e a obrigação de sacrificar os domingos para saírem às ruas em defesa da decência na Administração Pública e da punição daqueles que devastaram o Brasil com práticas de corrupção sistematizada? Olhando bem ao redor, nada aconteceu. Os investimentos não se apresentaram. O Governo jogou bilhões pela janela”.

Alvaro Dias destacou ainda que, considerando o custo da dívida pública do Brasil, que segundo informações do Ministério da Economia é de 9,79% ao ano, a dívida de R$5,479 trilhões deverá, para 2019, cobrar juros de aproximadamente R$536 bilhões. Também anunciou que vai pedir explicações ao Banco Central sobre as taxas de juros cobradas pelos bancos. “A pauta que interessa ao Brasil é a construção de um ambiente econômico que prestigie o setor produtivo, a adoção de uma política criminal que desorganize o crime organizado e a realização de uma gestão pública que aproveite bem e adequadamente cada centavo que os brasileiros direcionam ao governo, por meio dos impostos pagos, muitas vezes, sem poder pagar”, analisou o senador

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Foto Thati A.Martins