Alvaro Dias participa de ato e protocola documento em defesa da Receita Federal

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O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) participou de manifestação em defesa da Receita Federal, esta quarta-feira (21/08), que reuniu parlamentares e cerca em 100 auditores-fiscais em frente ao Senado Federal, em Brasília. Em seguida, o líder do Podemos protocolou na presidência do Senado uma carta em apoio à Receita, que tem sofrido com interferências, como afastamento de servidores, em função das investigações promovidas pelo órgão.

O protesto dos auditores fez parte do Dia Nacional de Luto, uma mobilização nacional em resposta aos ataques e à ingerência política que a Receita vem sofrendo nos últimos dias. O ato em Brasília começou com uma concentração em frente ao Ministério da Economia, na Esplanada dos Ministérios. De lá, seguiu para o Senado, onde ganhou a adesão de diversos parlamentares e ocorreu um abraço simbólico no Congresso.

Alvaro Dias alertou para o “golpe” em curso contra a Receita Federal e contra o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). “É visível a conspiração contra a instrumentalização do Estado brasileiro contra a corrupção”, afirmou o senador. “No Supremo Tribunal Federal, temos decisões estapafúrdias que impedem a utilização de informações sigilosas do Coaf e da Receita para o aprofundamento das investigações em operações fundamentais no combate à corrupção no país”.

Após o protesto, Alvaro Dias e um grupo de senadores se encaminhou para a presidência do Senado, onde foi protocolada a carta aberta do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional) em apoio à luta dos servidores do órgão e contra ingerências políticas na fiscalização promovida pela Receita.

O documento cita o afastamento de dois auditores-fiscais de suas funções e a suspensão das 133 investigações envolvendo agentes públicos. Ambas as decisões foram tomadas pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito 4781, instaurado pelo presidente do STF, Dias Toffoli. A carta também alerta para ato do Tribunal de Contas da União (TCU) que encaminhou cerca de 5 mil nomes e CPFs de agentes públicos, seus cônjuges e dependentes, sobre quem se requereu informações sobre possíveis investigações. O tribunal determinou ainda que a Receita informasse nome e matrícula de todos os auditores envolvidos nessas fiscalizações.