A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) descartou a necessidade de aplicação de uma terceira dose de vacinas contra a Covid-19. O posicionamento foi uma resposta a um ofício protocolado por Alvaro Dias, no fim do mês passado, no qual o senador cobrava o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, sobre a eficácia dos imunizantes aprovados no Brasil e se haveria necessidade de aplicação da terceira dose.
No ofício, assinado pela diretora Meiruze Freitas, a agência responde que “não há dados disponíveis” ou “evidências científicas” que levem à recomendação de administração da terceira dose ou de dose anual de reforço dos imunizantes usados no Brasil. A Anvisa ressaltou que as quatro vacinas autorizadas ou registradas no país – AstraZeneca, Janssen, Pfizer e CoronaVac – “são consideradas seguras e eficazes com os esquemas posológicos atualmente aprovados”.
O documento assinala ainda que “não está estabelecido qual nível de anticorpos é considerado protetor ou qual outra variável de nosso sistema imune seria importante na proteção, o que dificulta o estabelecimento de uma recomendação sobre a necessidade de revacinação até que se tenham evidências científicas nesse sentido”. Segunda a entidade, “mais estudos são necessários para se concluir pela recomendação de doses adicionais”.
A possibilidade de uma terceira dose foi debatida na CPI da Covid, em audiência no mês passado, após o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, ser questionado sobre casos de infecção envolvendo idosos que tomaram as duas doses da vacina. Na ocasião, Covas defendeu a eficácia do imunizante CoronaVac, produzido pelo instituto, mas admitiu a necessidade de uma “dose de reforço” anual.
Leia a íntegra do ofício da Anvisa: