O corte promovido pelo governo no setor de ciência e tecnologia, no valor de R$ 600 milhões, foi duramente criticado pelo senador Alvaro Dias, em pronunciamento no Plenário na sessão desta quarta-feira (13/10). Na opinião de Alvaro Dias, essa medida compromete qualquer projeto estratégico de desenvolvimento econômico do país, uma vez que impede o aumento da produtividade.

“Só elevando os índices de produtividade em nosso país que nós poderemos escapar dessa armadilha da renda média, que retrata a situação vigente do Brasil. Nós estamos enredados nessa armadilha da renda média e dela não conseguimos escapar para avançarmos na direção de um estágio de país desenvolvido, onde certamente a renda per capita será muito superior à atual”, disse o senador. 

Alvaro Dias lembrou também que, caso estivesse avançado nesses setores, o país provavelmente enfrentaria melhor os desafios impostos pela pandemia de covid-19, que provocou mais de 600 mil mortes.

“Como é importante esse investimento. E nós tivemos agora o exemplo da importância do investimento em ciência, pesquisa e tecnologia quando tivemos que enfrentar inesperadamente uma pandemia perversa que levou a vida de mais de 600 mil brasileiros. Se nós tivéssemos, certamente, investimentos mais significativos em ciência, em pesquisa, certamente nós teríamos enfrentado com mais eficácia essa pandemia, esse mal, essa doença. O Brasil necessita de um projeto estratégico de desenvolvimento econômico, eu repito, que passa indiscutivelmente por investimentos significativos em educação, em ciência e em tecnologia, caminho para elevarmos os índices de produtividade”, afirmou o senador Alvaro Dias.

Ao finalizar seu pronunciamento, Alvaro Dias salientou que o País precisa sim de grandes reformas, como a política, a tributária, a administrativa, mas ao mesmo tempo não pode abrir mão de investir em uma área tão importante como é a ciência e a tecnologia. “O Brasil é uma nação à espera de reformas, mas cortar recursos da área de ciência e tecnologia, certamente, é um retrocesso imperdoável”, concluiu.