O governo Dilma, responsável pela condução da economia brasileira, teve um dia de más notícias nesta quinta-feira. Primeiro, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou relatório em que revela que o Brasil teve o pior desempenho econômico no terceiro trimestre este ano, entre os países membros do G20 (principais economias do mundo). No Brasil, o PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu 0,5% no terceiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior, a primeira contração desde o primeiro trimestre de 2009. Para a organização, esse resultado pode ser explicado em parte como reflexo do “notável” crescimento de 1,8% no segundo trimestre. O PIB de todos os países membros do G-20 totalizou 0,9%, no terceiro trimestre, depois da expansão de 0,8% no segundo trimestre. A China registrou o maior crescimento, com 2,2%, seguida pela Índia, onde o PIB cresceu 1,9%. Nos Estados Unidos, no Reino Unido e Canadá, a expansão do PIB ficou em 0,9%, 0,8% e 0,7%, respectivamente. No México, o crescimento foi 0,8%, enquanto na Itália houve estabilidade.
Uma outra má notícia foi a divulgação da pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que aponta que o Brasil ocupa a penúltima posição em um ranking de competitividade entre 15 países com características socioeconômicas semelhantes. O país está à frente apenas da Argentina. A posição brasileira é a mesma verificada no relatório divulgado em 2012. A variação de 13° para 14° se deve à inclusão da Turquia no levantamento. Segundo a CNI, o país que lidera a lista continua sendo o Canadá. O estudo Competitividade Brasil 2013 adota como critério de competitividade oito fatores. Em cinco deles, o Brasil ocupou posições no terço inferior (entre o 11° e 15° lugar); e nos três restantes, ocupou o terço intermediário (entre o sexto e décimo lugar). Além do Brasil, o estudo avaliou África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, China, Espanha, Colômbia, Coreia do Sul, Índia, México, Polônia, Rússia e Turquia. A pior situação, segundo o estudo, é a que avalia o peso dos tributos. Neste quesito, o Brasil aparece como 14° colocado – mesma posição que ocupa no item que avalia disponibilidade e custo de capital. Nos quesitos infraestrutura e logística e ambiente microeconômico, o Brasil está em 13°; no relativo a ambiente macroeconômico, em 10°; em educação, está em nono. Em tecnologia e inovação, ocupa o oitavo; e no relativo à disponibilidade e custo de mão de obra, o país ficou em sétimo.