A economia brasileira deverá crescer menos em 2014. Quem afirma é a Confederação Nacional da Indústria, que nesta quinta-feira (19) divulgou o seu Informe Conjuntural Anual, estudo com previsões sobre a economia. De acordo com o Informe, o Produto Interno Bruto brasileiro deve crescer 2,1% no próximo ano, menos do que o previsto para este ano (2,4%). As previsões da CNI desmentem as perspectivas do governo. O Ministério da Fazenda prevê crescimento de 2,5% do PIB em 2013, e o mercado, consultado semanalmente pelo Banco Central, estima que a economia crescerá ainda menos – 2,3%.

Segundo o estudo da CNI, a queda do ritmo de crescimento do PIB será provocada pela desaceleração dos investimentos, que devem subir 5% em 2014, contra 7,1% previstos para este ano. De acordo com a CNI, os investimentos crescerão menos no próximo ano por causa do aumento dos juros e do baixo nível de confiança dos empresários. De acordo com a entidade, as dificuldades estruturais em retomar um crescimento mais vigoroso permanecerão no próximo ano, com as distorções que encarecem os projetos de investimento e desestimulam as decisões empresariais. Entre os principais riscos para a economia brasileira, o estudo cita a inflação e o próprio calendário eleitoral, que desestimula a tomada de decisões. A entidade também prevê inflação maior em 2014. A CNI estima que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá fechar o próximo ano em 6%, acima da previsão de 5,7% para este ano. Segundo a CNI, o fim dos efeitos redutores sobre os preços dos serviços públicos, o dólar mais alto e a inércia dos preços dos serviços puxarão a inflação para cima.