Diante da decisão do Congresso Nacional de adiar a votação do veto total ao projeto que estipula novas regras para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios, na noite desta terça-feira (18/02), líderes governistas disseram que o momento agora é de busca de consenso.
A falta de quórum foi o principal argumento para o adiamento. Parlamentares descontentes com o requerimento do governo para encerrar a discussão sobre o veto se valeram de uma manobra regimental e obstruíram a votação, não registrando a presença no painel.
Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), o adiamento da votação ocorreu porque o governo federal temia uma derrota, uma vez que havia um movimento forte na Câmara dos Deputados pela derrubada do veto. “Certamente o governo vai ganhar tempo para negociar com os parlamentares que estão resistindo aos apelos”.
Apesar de considerar legítimo o uso do Regimento do Congresso Nacional para adiar o exame dos vetos, Alvaro Dias está preocupado com os rumos das negociações: ”O que condenamos sempre é o método de convencimento. Usar o regimento para ganhar tempo é legítimo. O que não é legítimo é barganhar com recursos públicos, com cargos públicos e o nosso receio é que o governo tenha tempo para isso”, disse o senador à Agência Senado.