Em pronunciamento que fez no Plenário, o senador Alvaro Dias diz ter ficado impressionado com algumas das informações surgidas no debate ocorrido na última terça-feira, na Comissão de Educação, sobre os gastos para a organização da Copa do Mundo 2014. Uma delas diz respeito à vacância da rede hoteleira nas cidades-sede em dias de jogos da competição. Ao contrário do que se alardeava, o contingente de turistas esperado não está sendo capaz de lotar os quartos disponíveis em hotéis nas 12 capitais. Em São Paulo, por exemplo, há disponibilidade de 53% da rede hoteleira. Em Belo Horizonte, 39% das unidades estão disponíveis; em Salvador, 37%, Fortaleza, 19%, Brasília, 28%. O Rio de Janeiro ainda dispõe de 19% de leitos disponíveis, Manaus, 29%, Natal e Porto Alegre, 26% respectivamente.
“O que se propalou é que nós teríamos aqui uma verdadeira enxurrada de turistas do mundo afora disputando espaço em nossos hotéis, e o que está se verificando é que a ocupação prevista para o período da Copa é inferior à ocupação verificada em anos anteriores. Ou seja, nós tivemos mais turistas visitando o Brasil em anos anteriores do que teremos durante a realização da Copa. E essa Copa – o maior evento midiático do planeta – corre o risco de ocorrer num cenário ilhado, avesso aos avanços das tecnologias da comunicação e informação. Nenhum estádio brasileiro dispõe de estrutura de tecnologia da informação em condições operativas”, disse o senador Alvaro Dias.