A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras aprovou, em reunião nesta quarta-feira (16), 54 requerimentos para convocação de pessoas envolvidas com as denúncias de irregularidades na Petrobras. Entre os requerimentos aprovados pelos deputados e senadores da CPMI estão dois que foram apresentados por Alvaro Dias. O primeiro deles convoca, para comparecer em oitiva à comissão, Humberto Sampaio Mesquita, que é genro do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

Segundo relata o senador Alvaro Dias em seu requerimento, em 11 de abril a revista Época publicou matéria que afirma que Humberto Sampaio de Mesquita foi apontado como membro de organização criminosa da qual faziam parte seu sogro, Paulo Roberto Costa. A quadrilha atuava junto à Petrobras para lavagem de dinheiro e pagamentos de propinas vinculadas ao superfaturamento na construção de refinarias. Faziam também parte da mesma organização criminosa as filhas de Paulo Roberto Costa, Ariana Azevedo Costa Bachmann e Shanni Azevedo Costa Bachmann, além de Marcio Lewkowicz, um outro genro do ex-diretor. Os três foram acusados pelo Ministério Público Federal de atuar em conjunto com Paulo Roberto Costa, para destruir provas que documentariam crimes investigados na operação Lava-Jato da Polícia Federal, enquanto este era conduzido para prestar depoimento na sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro no dia 17 de março. Tanto as filhas do ex-diretor como seu genro foram alvo de outro requerimento de convocação do senador Alvaro Dias, aprovado na reunião da CPMI.

Os deputados e senadores da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito aprovaram também, nesta quarta-feira, pedidos de acesso aos processos sobre a Petrobras entre 2005 e 2014 em análise no TCU e de envio das atas e notas taquigráficas das reuniões do Conselho de Administração da Petrobras no mesmo período. No mesmo sentido, foi aprovado requerimento do senador Alvaro Dias que requisita cópia, para os membros da CPMI, do relatório decorrente de busca e apreensão realizada na sede da empresa GPI Participações e Investimentos pela Polícia Federal. Segundo as operações da operação Lava-Jato, a GPI, presidida por Pedro Paulo Leoni Ramos, seria uma empresa de fachada utilizada pelos envolvidos no caso para movimentar seus negócios.

Foto: Luiz Wolff