“O Brasil se tornou pouco produtivo e acumula baixo crescimento. O patrimônio da estabilidade monetária, da sustentabilidade financeira, da responsabilidade fiscal e da competitividade da economia, legados memoráveis do Plano Real, estão sendo abandonados por um governo cuja direção econômica combina a fragilidade na área fiscal com o pouco compromisso em relação ao controle da inflação”. A afirmação foi feita pelo senador Alvaro Dias, ao comentar os últimos números da economia brasileira, que mostram um quadro de crescimento cada vez mais baixo e inflação resistente no teto da meta (6,5% ao ano), além de juros altos e queda na confiança do empresariado.
Segundo o jornal “O Globo”, a equipe econômica do governo Dilma já estima que o País esteja vivendo um quadro de recessão. A previsão de analistas do mercado e do próprio governo é que o Produto Interno Bruto tenha caído ainda mais no segundo trimestre, e que vá sofrer nova retração entre julho e setembro, ou seja, duas quedas trimestrais seguidas, o que configura recessão.
Para o senador Alvaro Dias, um dos principais problemas da economia brasileira hoje está ligado à falta de austeridade do governo na política fiscal. Para ele, sem uma nova onda de reformas, o Brasil não retomará um ritmo de crescimento e desenvolvimento condizente com o tamanho de sua economia.
“Este governo, em quase quatro anos, não conseguiu levar o País a dar um salto de desenvolvimento econômico sustentado para termos maior justiça social e melhor distribuição de renda. As reformas, imprescindíveis, não foram realizadas por este governo. É consenso entre analistas, consultores e industriais que o País precisa de reformas estruturais, como as reformas trabalhista, fiscal e política, para ter um novo impulso econômico. O discurso ufanista do PT, portanto, precisa ceder lugar e espaço a uma postura de responsabilidade, para a adoção de reformas que possibilitem uma melhor distribuição de renda, para reduzir as imensas desigualdades que nos afetam e infelicitam milhões de brasileiros”, disse o senador Alvaro Dias.