Na votação, ontem, do PLS 221, que propõe mecanismos de fiscalização e controle e estabelece regras rígidas de fiscalização das organizações que dirigem o esporte no país, o senador Alvaro Dias destacou que a aprovação da proposição foi uma vitória contra a “mão pesada” da CBF. Segundo disse o senador, a intervenção da entidade já havia sido identificada quando houve a tentativa de se votar o projeto no Plenário, em 16 de julho, e na ocasião, uma assinatura foi retirada do requerimento de urgência que pedia a deliberação do PLS sem passar pelas comissões, o que inviabilizou a votação da proposição. “Mesmo com os obstáculos interpostos pela CBF, a Comissão de Educação teve a coragem de votar este projeto, e agora contamos com a compreensão dos senadores para que possamos encerrar este projeto na próxima comissão, de Fiscalização e Controle, onde teremos votação terminativa”, disse o senador.
Após a aprovação unânime na Comissão de Educação, o senador Alvaro Dias ainda lamentou o fato de a Mesa Diretora do Congresso ter determinado a apreciação do projeto também na Comissão de Fiscalização e Controle. Pois na sessão deliberativa desta quarta-feira, no Plenário, a “mão pesada” da CBF se interpôs novamente e tentou impor uma manobra protelatória à proposição. Um senador de conhecidas ligações com a entidade do futebol apresentou requerimento para que o PLS 221/2014 também fosse apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça. O presidente do Senado colocou o requerimento em votação, e o recurso só foi barrado graças à intervenção do senador Cyro Miranda, do PSDB de Goiás, que disse não haver acordo para tal iniciativa. Com isso, a medida, que se destinava tão somente a ampliar o caminho de tramitação do projeto no Senado, acabou sendo abortada.