O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) pediu uma reflexão sobre a nova legislatura que começará em fevereiro de 2015. O senador, em pronunciamento no Plenário, se referiu aos escândalos de corrupção na Petrobras e à crise econômica para cobrar que os colegas parlamentares continuem acompanhando e fiscalizando as ações do governo federal. Para Alvaro Dias, é preciso desarmar a “bomba-relógio’ deixada pela presidente Dilma para os brasileiros.

“O País vive o impacto da explosão de uma bomba-relógio de efeito retardado. O Governo foi cometendo erros, foi admitindo equívocos, foi se recusando a promover reformas, e a crise econômica se avolumou. E explode, sim, como uma espécie de bomba-relógio que denunciávamos há tanto tempo da tribuna do Senado Federal, que estava sendo armada e que poderia explodir no colo do País. Certamente, os seus efeitos estão sendo sentidos hoje nos vários segmentos da economia nacional”, disse o senador.

Na avaliação do senador Alvaro Dias, para sejam reconstruídas as instituições públicas mais acreditadas sobre os escombros dos escândalos de corrupção, serão necessárias reformas essenciais que passam pelo Congresso Nacional.

“Enfim, teremos um ano de grandes debates. O Congresso Nacional terá que adotar providências com urgência em relação à questão ética. Advogo, por exemplo, que a Câmara dos Deputados conclua a apreciação de uma proposta de emenda constitucional de autoria do Senador Jarbas Vasconcelos, já aprovada pelo Senado Federal, que aguarda deliberação na Câmara dos Deputados e que diz respeito a extinção do mandato Parlamentar quando da condenação pelo Supremo Tribunal Federal, evitando a instauração de procedimentos no Congresso, na Câmara ou no Senado para a eventual cassação do mandato. Essa é uma providência que antecipa, agiliza e, sobretudo, retira o constrangimento de o Congresso Nacional adotar procedimentos que muitas vezes são lentos, causam certamente desgaste pela morosidade, quando nós podemos perfeitamente, através dessa proposta de lei, encurtar o espaço entre a condenação e a extinção do mandato parlamentar”, disse o senador