O primeiro Relatório de Mercado Focus de 2015, do Banco Central, que concentra a média das projeções do mercado financeiro sobre os principais indicadores da economia brasileira, revela o aumento do pessimismo dos analistas em relação ao ritmo médio de alta dos preços, sobre o crescimento do PIB. Em relação à inflação, as estimativas no boletim Focus subiram de 6,53% para 6,56%. O movimento revela ainda com mais força que a expectativa é de que o Banco Central entregue a inflação oficial do País acima do teto da meta de 6,50%. Há um mês, a taxa esperada pelos analistas para o indicador estava justamente no limite de 6,50%.
Selic. os mais de 100 analistas de instituições financeiras consultados pelo Relatório Focus acreditam que a taxa básica de juros ao ano, a Selic, subirá 0,50 ponto porcentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para os dias 20 e 21 deste mês.
Atualmente, a Selic está em 11,75% ao ano. Ao longo de 2015, a expectativa de economistas que participam do pesquisa Focus é a de que a taxa registrará aumento de 0,75 ponto porcentual este ano. A mediana das previsões para os juros no período seguiu em 12,50% ao ano pela quarta semana consecutiva. Já a Selic média de 2015 permaneceu em 12,47% ao ano pela terceira vez seguida, valor bem próximo da taxa efetiva esperada para o fim deste ano.
PIB. As projeções em relação ao crescimento do País seguem fracas. Para 2014, espera-se que o País tenha crescido 0,15% – o documento anterior apontava alta de 0,14%. Para este ano, prevê-se alguma recuperação, mas para um crescimento ainda modesto, de 0,50% em 2015.
Câmbio. Após a confirmação da continuação da ração diária por pelo menos mais três meses, a mediana das projeções para o dólar de 2015 ficou estacionada em R$ 2,80 de uma semana para outra – um mês antes estava em R$ 2,70. A mediana das expectativas para o dólar médio deste ano também ficou paralisada em R$ 2,71. No levantamento de um mês atrás estava em R$ 2,60. Pelas projeções, só na metade do ano que vem é que o dólar deve dar uma trégua e mostrar recuo.