O senador Alvaro Dias também destacou, na tribuna, nesta segunda-feira (09/3), o drama vivido pelos caminhoneiros de todo o País, especialmente do Paraná. O senador relatou visita que fez, no fim de semana, ao município de Realeza, no sudoeste do Paraná, onde debateu o Brasil com estudantes, empresários, líderes políticos, prefeitos de vários municípios da região e também com lideranças dos caminhoneiros. “E eles continuam apreensivos. A última mobilização dos caminhoneiros nas estradas do Brasil revela que eles são indispensáveis. Caminhoneiro longe da estrada, longe do volante do seu caminhão, é um País parado. Não há como sobreviver sem o trabalho dessa gente. E não tem sido proporcional à sua importância a atenção do governo para com eles. Desde 2012, quando manifestação semelhante ocorreu, o governo teve tempo suficiente para negociar, para se entender, para resolver, para superar impasse, e não o fez”, disse.
Como nesta terça-feira (10) haverá uma nova rodada de negociação em Brasília, Alvaro Dias fez um apelo para que haja um entendimento com o governo Federal e para que não ocorra uma nova paralisação, o que, segundo ele, provocaria prejuízos incalculáveis. “É preciso que o governo encare essa realidade. Uma das principais reivindicações dos caminhoneiros é que o governo defina a opção por uma tabela mínima de fretes para que eles possam receber por quilômetro rodado. Outras reivindicações dizem respeito a crédito e a financiamento. Um governo que financia obras em outros países, com empréstimos sigilosos, evidentemente, não pode negar àqueles que prestam serviços extraordinários ao nosso País uma linha de crédito consequente. Os caminhoneiros desejam carência de 12 meses para pagamento das parcelas de financiamento para cada conjunto -, caminhões, carretas e semirreboques – até o limite máximo de três conjuntos dos contratos em vigor. Os caminhoneiros também gostariam de ver a redução do preço do diesel, que é um absurdo, e essa redução pode ocorrer se o governo trabalhar a redução do PIS e Cofins sobre o óleo diesel, redução do percentual. O governo já fez isso em outros momentos para atender o setor automotivo do País. Enfim, são reivindicações possíveis”, destacou.
O senador disse ainda que os caminhoneiros têm hoje um custo de 112% para trabalhar. O prejuízo, a cada cinco caminhões, por ano, chega a R$220 mil: “Temos esperança de que o governo tenha sensibilidade para oferecer aos caminhoneiros a atenção que lhe cabe oferecer e proporcional à importância deles para a nossa vida, para a vida das famílias brasileiras”.