A sociedade acordou e está reagindo a tantas denúncias de corrupção e de desvio do dinheiro público, e não só tem o direito como deve sim se manifestar nas ruas de forma democrática, pacífica e ordeira, sem reagir às provocações dos que querem desestimular as manifestações. A opinião, do senador Alvaro Dias, foi dada na manhã desta quarta-feira (11), em entrevista ao programa do radialista Valdomiro Cantini, da CBN Cascavel. Na entrevista, o senador disse considerar “inacreditável” que movimentos sociais como MST, UNE e sindicatos estejam se articulando para realizar um ato pró-governo na próxima sexta-feira, para fazer um contraponto às marchas organizadas pela sociedade principalmente através das redes sociais.

“Estamos em um momento crucial para a vida do país, e me parece injustificável esse ato de sexta-feira do MST e outras organizações sociais, uma imprudência. Considero uma espécie de provocação, mas que deve ser desconsiderada pelos democratas do País. Na verdade, temos que garantir que esses movimentos serão pacíficos, e rejeitar a invasão dos que querem atropelar e desqualificar o movimento democrático, como ocorreu anteriormente com os chamados black blocs, que agiram para desestimular as manifestações populares”, disse o senador.

Na entrevista, o senador também falou sobre a iniciativa da oposição de criar uma CPI do BNDES. Para ele, os parlamentares precisam direcionar sua atenção para quebrar a caixa-preta do banco: “há uma caixa de pandora que tem que ser aberta. O BNDES empresta bilhões de forma não justificada, não transparente, em contratos que podem estar escondendo desvios vultosos de dinheiro público”, afirmou. Alvaro Dias também comentou, na rádio CBN, sobre eventual pedido de impeachment da presidente da República: “estamos aqui para repercutir as aspirações da população, por isso ninguém pode condenar quem prega o impeachment, mas há que se dar sustentação jurídica a um pedido desses. Uma eventual proposta de impeachment depende basicamente dos desdobramentos das investigações em curso”, disse.

Ouça aqui a entrevista na íntegra.